Embora os medos que me cercam atrapalhem, nada melhor do que acreditar que a melhor saída é fazer valer a pena. Certas horas a ficha cai e a gente percebe que isso é o que devemos fazer. Mas não vou negar, não consegui ainda. Nada é de uma noite para o dia. Mas eu prefiro mil vezes dizer que acreditei, que tentei, que me arrependi, do que lamentar depois que me arrependi por não ter arriscado, por não ter tentado, por ter desistido. Estou tão ansiosa, tão cheia de sede, tão com vontade que não consigo dar conta de tudo. Não me vejo mais vivendo sem aquilo que eu sonho todos os dias. Embora eu tenha considerado o tempo meu melhor amigo, ele ainda me assusta. Eu não preciso saber para onde vou, eu só preciso ir. Tenho a direção em minhas mãos, o que me cabe, é decidir o caminho a trilhar. Tropeçando sempre em razões, entre estar certa e ser feliz, eu prefiro ser feliz. Sou assim, acho que não vou mudar. E ao contrário de muitos adultos, quero ser criança quando eu crescer. Eu quero diferente, tá tudo muito padronizadado. Não quero como os outros acham que devem; engravidar, criar, envelhercer, morrer... como todos esperam. Renunciar, agradar, obedecer, vencer... como todos desejaam. Não quero. Esse meu infinito particular, é importante pra mim. Mas eu quero mais, estou buscando mais. Perder, ganhar, deixar rolar. Intensidade agora em algo novo. A vida tem que se renovar. Não vale a pena preocupar-se por tão pouco.
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