Como eu costumo dizer; é muito fácil escolher o que falar quando não se tem nada a dizer. Palavras, boas ou ruins, são preciosas. Por isso, nesse mundão, uma palavra é prata e o silêncio é ouro! É, a gente faz tanta coisa pelos outros, mas acabamos esquecendo de nós mesmos. É lindo a teoria do dar sem receber, mas na prática não é assim que funciona. Dou e faço o que posso para quem gosto, não quero nada em troca. O que eu queria era reconhecimento e o mínimo de consideração possível, mas não. Tudo o que eu faço, faço com o maior prazer, até mesmo o que eu não gosto de fazer (principalmente por imposição), faço bem, pra não ter que fazer duas vezes e quase morrer de tédio e raiva duas vezes. Queria atenção. Queria que as pessoas perguntassem ao menos 'e ai fdp, você tá bem?!', que oferecessem um ombro amigo, que me dessem um momento para me ouvir. Prefiro desencanar. Não posso mudar as coisas e muito menos as pessoas. Queria tudo diferente. (e pra mim, querer tudo diferente, é como se o que eu vivi tivesse sido em vão). Queria tudo mais simples, sem complicação. Não tenho esse poder, portanto... é pra frente que se anda! Mas confesso que me sinto um lixo. É como se eu fosse atirada de um penhasco sem motivo. Às vezes parece pior do que a falta de confiança, diferente apenas no número de tentativas de recomposição. Confiança perdida uma vez, mesmo que perdoada, jamais será a mesma. Mas tentativas de tentar mudar, apesar das quedas, sempre crescem mais fortes. Mas quebram aos poucos. Cansa. Cansa ser forte. Cansa só correr atrás. Cansa abrir mão das coisas por futilidades que certamente passam com o tempo. Tudo é passageiro, assim como a nuvem negra no verão. Nem toda chuva gera tempestade. Mas eu sempre tenho um plano... até levar um soco na cara. O primeiro golpe muda tudo! O importante é estarmos prontos para a qualquer momento, sacrificar o que somos pelo que podemos vir a ser. Acho que a minha essência é ser livre. Em pensar que isso entra em conflito quando vejo que sou tão dependente. Ah, como eu queria acatar à moda do 'pratique ao desapego'. Pior é não conseguir largar a mão de ser besta. Pior é não conseguir fazer valer o 'não tô nem aí', sempre acabo me importando, de um jeito ou de outro, aí é que eu me sinto inútil mesmo. E o pior que se fosse apenas esse inconformismo, tudo bem, mas não. Tudo tá começando a virar bola de neve em pleno inverno do Alasca. Parece que quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece! Me frusta saber que não posso fazer nada a respeito de tudo. E ainda pior, é saber que tudo leva um tempo. Espero que eu supere, mais uma vez. Se bem que a minha vontade era ligar o botãozinho (literalmente) e sumir! Que tal aderir também a moda do 'ligue o foda-se e seja feliz'. Já pensou, se isso resolvesse meus problemas?! Uma pena. Realmente uma pena que não! Fechada para balanço. Meu sarcasmo me diverte, mas eu já cansei de lero-lero, hoje eu vou sair do sério. Que o circo pegue fogo, porque a palhaça já cansou. [fica a dica].
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