TI é coisa de menino?
Eu já fui considerada uma pioneira, uma revolucionária e hoje me dedico a trazer mais empregos para o Brasil.A trabalho, viajei por praticamente todas as lindas capitais do Brasil e conheci Londres, Washington, Estocolmo, São Francisco, Nova York, Boston e Las Vegas,. Ganhei viagens de prêmios para Bali, Cancun e Porto Rico e, de quebra, visitei Bangkok, Paris, Lisboa e Sevilha.Venho de uma família simples, mas tenho vivido aventuras, trabalhado e me divertido muito, conhecido homens e mulheres maravilhosos, e obtido conquistas pessoais e materiais muito positivas nos últimos 30 anos. Nunca vou me esquecer da noite em que desci as escadarias da embaixada da Rússia em Washington com um vestido preto longo cuja pequena cauda ondulava entre os degraus.E eu estava trabalhando!!! Ficava me lembrando de quando eu ia para o curso de inglês em Taubaté, quase sempre com a mesma roupa por absoluta falta de grana, e me dedicava a decorar o passado dos verbos e um extenso vocabulário.Valeu a pena! Minha profissão? Não, não sou artista, jornalista ou diplomata.Sou analista de sistemas e falo inglês. Como fui pioneira? Ajudei a introduzir automação de escritórios no Brasil em um tempo em que até mesmo o fax era novidade absoluta e a partir daí tomei gosto por novidades tecnológicas que pudessem melhorar a vida e aumentar a produtividade nas empresas. Como fui revolucionária? Ajudando a fazer uma revolução na forma de governar através de soluções de governo eletrônico que fazem com que o dinheiro dos impostos seja utilizado de forma mais honesta e transparente para o cidadão. Como ajudo a criar empregos? Trabalho em Recursos Humanos na IBM do Brasil fazendo parcerias com universidades. Projetos do mundo inteiro são feitos a partir aqui do Brasil e a falta de profissionais qualificados, especialmente mulheres, são uma barreira para o crescimento desta área e para que mais projetos venham para o país.Juntamente com engenharia, informática é uma das profissões com a menor participação de mulheres e são justamente essas duas áreas as áreas com maior volume e crescimento de número de empregos. Apenas 7% das alunos dos cursos de informática são mulheres.Por que as mulheres não se sentem atraídas por tecnologia? Eu não me espanto. Quando eu tinha 17 anos essa profissão me parecia a coisa mais fria e chata do mundo. Os computadores eram uma coisa muito, muito distante. Hoje eles são banais. É fácil entender porque informática parece “coisa de menino”: distância e banalidade não são coisas que atraiam as mulheres. Mas será que é realmente assim?O que você pode fazer com computadores? Escrever textos, usar a Internet para se comunicar e pesquisar, visualizar as fotografias que você tirar com a câmera digital, enfim, o computador é visto como uma coisa que você usa. Mas, como é que você pode ganhar dinheiro com ele? Primeiro sabendo que informática está por toda parte, não só nos computadores que você usa, mas em tudo que está automatizado. Alguém fez o programa do imposto de renda, alguém criou uma solução para que nós possamos votar de forma eletrônica, sacar dinheiro no caixa eletrônico, saber o saldo bancário pelo telefone, comprar pela Internet e consultar o resultado do nosso exame de sangue, por exemplo. Na área médica, milhares de aplicações estão sendo desenvolvidas para apoiar o diagnóstico e o tratamento de doenças. Para combater o aquecimento global os computadores são usados para simular cenários e fazer previsões, enfim, não é a toa que profissões ligadas à informática sejam as áreas com o maior crescimento previsto para as próximas décadas. E você, vai ficar de fora?Se você não gosta de joguinhos nem de programação, se línguas e história a atraem mais do que matemática, não descarte logo de cara trabalhar na área de informática. Não se deixe assustar pela tal de lógica. Você é lógica! Quando você combina de passar na casa da sua amiga para juntas saírem, aposto que você usa um monte de lógica. Se formos ao cinema, a gente vai ver o filme que eu estou querendo ver há um tempão, se formos pra balada pode ser que a gente encontre aquele gato maravilhoso. Isso é lógica! A gente manda nos computadores exatamente assim: “se acontecer isso, faça isso, senão faça aquilo”. A diferença é que os computadores obedecem e pode ser que o gato não apareça na balada ou que o cinema esteja lotado.Se você acha que os meninos estão anos luz à sua frente porque eles ADORAM joguinhos, monopolizam os computadores da escola, da sua casa, do universo e programam há séculos, saiba que os profissionais de informática mais bem sucedidos não são os que se limitam a serem tarados por computação.Você pode ser programadora, analista, consultora, vendedora especializada, empresária, cientista, pesquisadora, administrar toda a área de informática de uma empresa ou criar soluções para clientes que busquem soluções informatizadas para seus problemas. Em todas essas áreas precisam-se de pessoas com uma visão abrangente, com interesses variados, com facilidade para lidar tanto com tecnologia quanto com pessoas. Isso não é coisa de menina?Você tem que estudar, sim, tem que se dedicar muito, mas as recompensas são tentadoras.Muitas de minhas colegas são mães e trabalham a partir de suas casas para clientes nos Estados Unidos ou na Europa e essa flexibilidade, oferecida pelas grandes empresas de informática, é mais um atrativo para mulheres.Uma dúvida que pode estar passando pela sua cabeça: se eu for muito tecnológica, será que isso não vai afastar os meninos? Acredite, a informática não vai diminuir em nada sua feminilidade.
Kátia Pessanhaé gerente de relações com universidades na IBM Brasil,pós-graduada em Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas, está na IBM desde 2001.
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Ai meu Deus, será que isso vai acontecer comigo também?! Espero que sim, espero que não! haha Ah, não sei, parece que cada dia que passa menos eu gosto de info. Pensei em algumas hipóteses e por causa de algumas circunstâncias vou ter que adiar alguns projetos (ui, falei até bonito agora!). Estou quase decidida em relação ao meu curso na facul. Pode me chamar de acelerada, porque tenho ainda um ano e meio de técnico, mas não me importo. Se eu quiser, eu posso terminar o ensino médio esse ano, mas ficaria com o diploma de básico. E ai surge o peso na consciência (NÃO DA MINHA PARTE ¬¬) o por quê de ter feito 3 anos de técnico e parar agora. O problema é que é quase certeza que eu não siga nessa área e então ao invés de fazer o 4º ano eu faria um cursinho bom porque eu não tenho muita base para prestar vestiba com a grade técnica, maaaas pro cursinho eu preciso ter dinheiro. E pra ter dinheiro eu preciso trabalhar. O estágio de info é bem remunerado. Ou seja, vou terminar o técnico, mudar de emprego, juntar grana e fazer o cursinho. Deu pra entender nada né?! Não tem problema. O lance é que eu tô muito a fim de resolver minhas coisas e continuar mexendo os pausinhos. Ah, eu estou dividida entre Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Hoje né. Amanhã mudo de idéia! Marquei até alguns testes vocacionais nas faculdades daqui pra me ajudar, vamos ver no que vai dar né. Mas em relação ao texto, a história da mulher é muito legal. Conheço mulheres apaixonadas por tecnologia, mas eu não encontro essa paixão em mim. É interessante, dá dinheiro. A formação técnica não será desprezível, será muito útil, pois é utilizada em qualquer área. Mas chega de fazer o que eu não quero né.! ;D
beijo
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