Eu sou assim.

Muitos me conhecem. Poucos sabem como sou.

Eu sou a Mariana. Para os amigos de infância, a Mari do vôlei. A aborrecente chata e insuportável para o meu irmão. A Tia Nana para a Leila e o Caciano e em breve também para o Bruninho, quando ele começar a falar. A Mari. 16 anos, estudante de ¿ informática ¿ e funcionária de um colégio. Minha barriga não é definida e nem sarada. Meu rosto não é escultural. As minhas mãos não são tão macias e minhas unhas não são grandes e nem vermelhas. Meus pés não são de princesa, muito menos de Cinderela. Meu cabelo não é cumprido e nem liso, muito menos loiro. Características físicas desfavorecidas a parte, eu sou bem simples. Não gosto muito de perequetês. Às vezes sou exagerada, dramática e carente, ué não sou de ferro. Sou chorona e banco a fortona, pareço ser destemida, mas por trás eu sou medrosa e sem coragem para algumas coisas. Sou tranquila, preguiçosa, reclamona, para desespero dos meus pais. Não sou orgulhosa, mas sou pirracenta. Pra falar a verdade, sou sensível, emotiva. E me preocupo mais com os outros do que comigo mesma. E eu só me ferro nisso.. pela tal falta de importância das pessoas que tanto me incomodava. Digamos que larguei a mão de ser besta, mas não completamente. Meu coração é mole e a carne é fraca. O que é que eu posso fazer se Papai do Céu me fez ser assim? Gosto muito de escrever e de vez em quando falo mais do que a boca. Eu sei que às vezes incomodo, mas não consigo parar. Em compensação, odeio matemática. E me pergunto aonde foi que eu amarrei meu bode para estar na área de Informática. Tudo bem, tudo bem... O que eu mais gosto em mim é... sabe, não sei dizer ao certo! O que eu mais odeio em mim é de ter a facilidade de me apegar demais nas pessoas. Tratando-se de relacionamentos, eu nunca tenho os pés no chão. Aliás, sou muito sonhadora. Depois de grande, já me peguei sonhando com conto de fadas e com príncipe encantado. Besteira. Besteira pura. Não consigo e não sei sonhar com os pés no chão. É impossível pra mim. Deve ser por isso que me ferro tanto assim. Eu costumo a valorizar tudo o que eu tenho. Tudo o que eu tenho é precioso, não quero perder nada disso e também não quero me arrepender depois. E por falar em arrependimento... acho que a única coisa que me arrependo é de ter seguido uma frase sem vergonha: "acordo arrependida, mas não durmo com vontade!". E olha que eu usei isso uma vez. Foi a primeira e a última também, porque tão cedo, não vou usá-la novamente. Mas foi bom. Deu pra curtir, deu pra aproveitar, valeu a pena. Mas de novo, não! Ah, já ia me esquecendo; sou irônica, brincalhona e mando indiretas. Algumas de minhas palavras, são sempre direcionadas. Eu também gosto muito de crianças. Sinto uma paz enorme quando estou junto a elas. Deve ser porque sou parecida como elas, sei lá. Quando eu crescer, eu quero ser mãe. Na hora certa, no tempo certo e principalmente com a pessoa certa. Se bem que eu estou começando a acreditar que não existe pessoa certa, mas isso não vem ao caso, agora. Não gosto de sair muito. Sou mais caseira, prefiro um aconchego, prefiro sossego. Sou na minha, fechada. Os que sabem das minhas dores, dos meus sentimentos, da minha vida, são realmente as pessoas mais importantes pra mim. Tenho mania de querer mudar o mundo. Porém, nada mais me irrita do que a minha mania de tentar entender as coisas. Certas coisas não se explicam... Sou detalhista, observadora, pensativa, além de azeda em certos momentos e teimosa, quando quero. Às vezes meio pavio curto. Mas quem é que sempre tem sangue de barata?! Pois é, não sou perfeita;

prazer, Mariana.