o amor não precisa ser piegas.

o encontro perfeito não precisa ser num restaurante francês com vinho da melhor safra, pode ser uma cerveja num boteco qualquer se a pessoa for legal. não é preciso rosas vermelhas, poemas, serenata, capricho, luxo, inventar moda. não precisa ser nada disso, só precisa ser real.

nossas escolhas vão dizer pra onde iremos.

nove dias sem escrever aqui?! essa não sou eu! rs é que aconteceu tanta coisa que não tive tempo pra nada, mas enfim. aii por onde começar! essa semana foi uma mistura de tantas coisas e sentimentos que eu não esperava. uma indicação, uma conversa, uma escolha. pra você que pensa que crescer é bom, esquece. você cresce e não é mais a bonequinha do papai nem a princesinha da mamãe. você passa a viver e a fazer o seu caminho sozinha, mesmo tendo amigos e família te apoiando. podem opinar, podem aconselhar, mas é você que tem que decidir. tô mudando de emprego, pela primeira vez. eu sei que muita gente vai dizer: "nossa, que mina troxa, escrever sobre a primeira mudança de emprego". mas que se dane! haha mas é que eu não sei viver pela metade. é que não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. não sei sentir em doses homeopáticas. preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e mesmo que eu me lasque no final das contas e se não for assim, prefiro que não seja. não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. não sei brincar e ser café com leite. só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. porque eu acho sempre muitas coisas — porque tenho uma mente fértil e delirante — e porque posso achar errado — e ter que me desculpar — e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. quero verdade e tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre mesmo sabendo que não. é a alegria, a tristeza, o medo e a saudade andando de mãos dadas dentro do peito. estou mudando para melhor, mas eu também estou deixando muita coisa pra trás. extremista como sempre (ou é ou não é) queria que tudo na vida fosse só bom ou só ruim. deixando todos os meus principais motivos para sorrir pra trás. ah se todos tivessem a oportunidade de trabalhar com crianças: uma semana e todos estariam renovados. era onde eu encontrava alegria e sempre uma luz no fim do túnel. era onde eu encontrava tanta coisa. era onde o amor e o bem estar não custavam nada. aprendi tanto, construi tanto! quero ver como vai ser agora. mas vai e foi bem difícil me despedir. percebi o quão querida eu sou e isso me fez um bem enorme. ver todo mundo chorando me deu um aperto no coração sem tamanho! mal sabem o quanto todas as pessoas são importantes pra mim, é um sentimento que não dá pra medir e nem explicar. mas amor não requer presença constante. onde quer que eu esteja eu só vou lembrar o que foi bom! das histórias, dos risos, das manias, da rotina, dos meus amores! mas como foi difícil largar meus pequenos lá... como foi difícil saber que ninguém nunca vai ter a mesma disposição de ajudar e correr junto com eles quando eles precisarem.  agora é bola pra frente, tô indo com a cara e a coragem e dando minha cara a tapa. muita gente contra, metendo o pau, me tachando de louca por praticamente trocar 6 por meia dúzia, enfrentar ônibus, trem e metrô.  todo mundo já passou por isso, todo mundo sobreviveu. eu sou nova, essa é a hora de arriscar, se não der certo, paciência. eu vou tentar. tenho ânsia de mudança, de aprender, de buscar, conquistar e de vencer, até mesmo porquê, se eu não fizer por mim, ninguém vai fazer. e essa também não vai ser nem a primeira e nem a última vez que eu vou ter que tomar decisões e fazer escolhas. a vida é mesmo um eterno aprendizado.

MAS AI QUE SAUDADE QUE ME DÁ!